COMO ELABORAR UM MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS NOS PADRÕES DA CIPA

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COMO ELABORAR UM MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS NOS PADRÕES DA CIPA

Quando falamos de segurança no trabalho, diversas medidas para manter um ambiente seguro são importantes e muitas vezes exigidas por lei. É nesse cenário que entram os mapas de riscos de acidente de trabalho.

Esse é um item de segurança que é desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) – que falaremos mais sobre mais à frente – e é obrigatório em muitos locais.

Quer saber mais sobre o que é e como elaborar corretamente o mapa de riscos ambientais nos padrões da CIPA? Continue lendo esse texto que iremos nos aprofundar nesse tema e dar dicas preciosas para a execução dessa tarefa.

A CIPA E O MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

Você já está familiarizado com a CIPA e sua função dentro das empresas? Apesar de possuir um nome bastante sugestivo, nunca é demais relembrar esse assunto básico que diz respeito à segurança do trabalho.

Essa comissão é obrigatória para empresas a partir de 20 funcionários de acordo com o CNAE.

Dentre as obrigações da CIPA também está a produção e divulgação do mapa de riscos ambientais que acomete cada ocupação dentro de uma corporação. Isso vai desde o risco químico gravíssimo que um técnico em química pode passar todos os dias na execução de seu trabalho, como também o risco ergonômico que um secretário está exposto ao realizar o seu trabalho em um computador.

Trata-se da representação gráfica do conjunto de fatores que estão presentes nos locais de trabalho de forma a identificar os elementos que dão origem a tais riscos utilizando cores em um esquema de toda a área em que os trabalhos são executados.

A importância do mapa de riscos ambientais

A sua importância está justamente na sinalização dos tipos de perigo que o colaborador estará exposto ao executar determinada tarefa, seja em fábricas ou escritórios.

Isso é vital pois ajuda na identificação dos locais potencialmente perigosos e que têm probabilidade de causar doenças ou acidentes ao trabalhador, permitindo que o mesmo os evite caso não precise estar exposto aqueles riscos.

O seu papel é de informar e conscientizar, promover a troca de informações entre colaboradores e também incentivar a criação de uma cultura em que todos os trabalhadores estarão envolvidos nas atividades de prevenção e, por conseguinte, estarão mais atentos a situações de risco.

PASSO A PASSO DA PRODUÇÃO DE UM MAPA DE RISCO

A elaboração de um mapa de risco está prevista na NR 9 pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e é de responsabilidade da CIPA, como ressaltado anteriormente. Mas como fazer isso?

Bem, antes de tudo é necessário ter a planta baixa de todos os setores da empresa a fim de dar inícios aos passos que serão descritos:

  1.      Levantamento de dados

Estando com o mapa de risco em mãos o próximo passo é fazer o levantamento de todos os riscos que os funcionários estão expostos na execução de suas atividades. Essa é uma tarefa que deve ser executada com minúcia e, sempre que possível, incluir os próprios colaboradores.

  1.      Produção do mapa de risco

Não existe um programa ideal para a produção do mapa de risco, ou seja, no Microsoft Paint ou em programas de vetorização o importante é executar o trabalho apropriadamente e de maneira legível.

O risco é identificado por um círculo e o seu grau por seu diâmetro. Além disso, a cor desse círculo também apresenta outras informações como segue abaixo:

  •         Verde (Grupo 1 – riscos físicos): ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais, umidade, etc.
  •         Vermelho (Grupo 2 – riscos químicos): gases, fumos, poeiras, substâncias reativas, etc.
  •         Marrom (Grupo 3 – riscos biológicos): vírus, fluidos corporais, protozoários, bactérias, parasitas, etc.
  •         Amarelo (Grupo 4 – riscos ergonômicos): esforços físicos, postura inadequada, trabalhos em turno noturno, ritmos excessivos, etc.
  •         Azul (Grupo 5 – riscos de acidentes): máquinas e equipamentos; choques elétricos; armazenamento inadequado, animais peçonhentos, etc.
  1.      Detalhar o ambiente de trabalho

Existem alguns itens que devem ser levados em consideração na hora de atribuir o seu risco. O número de trabalhadores atuando naquela área, os instrumentos que são utilizados, a forma como as atividades são realizadas, dentre outros.

  1.      Divulgação

Sempre batemos na mesma tecla em nossos textos quando o assunto é divulgação das informações no ambiente corporativo. Afinal, não adianta desenvolver todo um plano para a segurança dos colaboradores se eles, que são a parte mais interessada, não são devidamente informados.

Gostou das dicas de como elaborar um bom mapa de riscos ambientais que separamos para você? Não é um processo simples, tenha em mente que o levantamento e a conversa com os colaboradores deve ser feita de forma completa a não deixar nada passar.

Pronto para colocar as mãos na massa? Deixe nos comentários os seus pensamentos a respeito dessa temática e vamos discutir esse assunto.