Quando falamos sobre riscos no ambiente de trabalho, normalmente, os abordamos de forma genérica e colocamos na mesma lista com outros diferentes tipos de riscos.
Por isso, hoje compilamos os riscos ambientais: os riscos ambientais “clássicos” (definidos segundo a NR 09) e mais alguns outros pontos de atenção como o risco ergonômico e as doenças ocupacionais que podem estar presentes no seu local de trabalho. Continue lendo o texto para saber mais!
Antes de falar sobre os riscos ambientais, vamos ressaltar a importância da sua classificação.
Ela está na própria análise de riscos, mas o que exatamente é isso? Esse é um processo no qual há o levantamento dos riscos existentes no ambiente de trabalho.
Esse levantamento pode ainda ser qualitativo ou quantitativo, claro, isso dependerá do objetivo dessa análise. Mas independente desse o ponto principal está na minimização desses perigos, controlando de forma efetiva as adversidades que os trabalhadores são expostos em sua rotina de trabalho.
Em resumo, a análise de risco permite a identificação da possibilidade de acidentes de trabalho, mas não somente, os dados gerados também são utilizados para elaboração de medidas de segurança, seleção de EPIs adequados, elaboração de mapa de risco e preparar ações de educação junto aos colaboradores.
Dessa forma, fica fácil visualizar porque entender a respeito dos tipos de risco ambientais é tão importante para que a empresa possa se preparar e preparar os seus colaboradores para eventualidades.
Não é especificado em nenhum local das normas qual o profissional que deve realizar a análise de risco, contudo, tem-se a convenção de que esse deve ser um profissional (engenheiro, médico ou técnico) especialista em segurança do trabalho.
Afinal de contas, trata-se de uma análise que terá impactos na rotina e, quem sabe, até na integridade física, psicológica e social dos colaboradores da empresa.
Agora que já falamos sobre como aplicar o conhecimento a respeito dos três riscos ambientais, podemos falar mais a fundo sobre seus conceitos e o que envolvem.
1) Riscos Físicos
O conceito dos riscos físicos é encontrado na NR 09, mais precisamente na alínea 9.1.5.1, na legislação considera-se “agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom”.
2) Riscos Químicos
Quando falamos em riscos químicos, nos referimos diretamente a compostos ou produtos com a capacidade de penetrar em nosso organismo, podendo ser por ingestão direta, por penetrar na pele ou mesmo através da via respiratória.
Nesta última via as substâncias podem ser respiráveis na forma de poeira, fumos, névoa, neblinas, gases ou vapores. Tendo isso em mente, é muito importante estar atento a substâncias voláteis como ácidos e solventes orgânicos, estes, por exemplo, podem ser manipulados em capelas de exaustão para evitar a emissão dessas substâncias no ambiente
Essa mesma definição também pode ser encontrada na NR 09.
3) Risco Biológico
Talvez um dos mais complicados dessa lista, o risco biológico engloba agentes como bactérias, fungos, bacilos, parasitas, vírus, enfim… Onde houver a possibilidade de infecção através de seres vivos (e vírus) há então um risco.
Podemos chamar as boas práticas nesse tipo de risco (assim como em outros) de biossegurança, então, caso você escute esse termo, estão se referindo a segurança do trabalho.
Ainda, segundo a Fiocruz: riscos biológicos podem estar ligados a:
Ademais, existem 4 classes de riscos:
Outros riscos que podem estar no ambiente de trabalho mas que não são classificados como riscos ambientais pela NR 04:
4) Risco Ergonômico
Até mesmo você ao ler esse texto pode estar em desacordo com a ergonomia, por conta da sua postura na cadeira. Já fizemos um texto completamente voltado a esse assunto no blog, caso tenha interesse pode lê-lo na íntegra.
Em suma, o risco ergonômico está ligado a forma com que o indivíduo interage com o seu ambiente e ferramentas de trabalho. A cadeira e mesa devem ter a altura correta para o indivíduo, o monitor deve estar na altura dos olhos, dentre outros aspectos.
Alguns exemplos de riscos ergonômicos estão no levantamento de peso, postura inadequada, equipamento não personalizável a cada pessoa, etc. Você pode informar-se mais diretamente na NR 17 que aborda o assunto ergonomia.
5) Doenças Ocupacionais
Muito falamos sobre risco de queda, risco de choque elétrico, risco de queimaduras, contudo, muito pouco se fala a respeito das doenças ocupacionais que estão tão presentes na vida do trabalhador.
As doenças ocupacionais estão muito ligadas a esforço repetitivo e falta de ergonomia, exemplos muito comuns são:
O desenvolvimento de dores nas costas pelo carregamento de peso;
Distúrbios de coagulação em decorrência de ficar sentado grande parte do expediente (ou todo ele), um exemplo é a trombose;
Desenvolver Lesão por Esforço Repetitivo (L.E.R) por digitar demais, etc.
Ademais, esse tipo de doença pode ter sérios fatores psíquicos e sociais, sendo algo que não pode ser ignorado, seja pelo empregador ou pelo próprio empregado.
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