Usado desde a construção civil até o setor alimentício, o calçado de segurança está entre os itens de proteção individual de uso obrigatório a todos os trabalhadores em regime CLT que estejam expostos aos riscos ocupacionais (Norma Regulamentadora 6 – NR6). Como rege a lei, o seu fornecimento e o treinamento para sua utilização estão a cargo das empresas, porém é de fundamental importância que o trabalhador reconheça sua parte nessa relação, já que é responsabilidade dele fazer seu uso correto e garantir a sua conservação a partir do momento que passa a utilizá-lo.
Justamente com o objetivo de ajudar o trabalhador a prezar pela qualidade de seu EPI (Equipamento de Proteção Individual), criamos este passo a passo sobre uso e conservação do calçado de segurança.
Acompanhe as dicas!
A higienização dos calçados de couro e microfibra tem algumas diferenças. Veja:
O couro não deve ser diretamente lavado, porque pode ressecar, adquirir mau cheiro e facilitar a proliferação de micro-organismos. Para a eliminação da sujeira acumulada, um pano úmido e limpo é suficiente para conservar a maciez e manter a resistência. O ideal é higienizar o calçado ao menos uma vez por semana. A palmilha também deve estar sempre seca e limpa.
A secagem dever ser à sombra, já que tentativas de acelerá-la podem resultar na perda da flexibilidade e elasticidade natural.
Graxas, pomadas e ceras para calçados também são bem-vindos na manutenção periódica.
A microfibra pode ser lavada ou higienizada em até 60ºC sem ressecar ou perder suas características originais. A lavagem deve ser feita somente com água e detergente neutro.
O calçado de microfibra também deve secar a temperatura ambiente e à sombra, e nunca junto a fontes de calor intenso como secadoras de roupas, caldeiras, aquecedores, estufas, fogões ou sol, porque o calçado pode perder sua flexibilidade. Lembrando que a palmilha também deve estar sempre limpa e seca.
O uso não deve ser contínuo, porque pode prejudicar a saúde do trabalhador e diminuir a vida útil do calçado. O ideal é ter ao menos dois pares e intercalar seu uso para evitar o surgimento de bactérias, fungos e mau cheiro. Caso não seja possível possuir dois pares, uma opção é usar duas palmilhas alternadas.
Quase todos os calçados e botas impermeáveis já possuem forração interna, que auxilia na absorção e dessorção de suor. Porém, para melhorar ainda mais o microclima interno, o indicado é usar meias de algodão, que reduzem o mau cheiro e o acúmulo de suor.
O calçado deve ser guardado em um local arejado, longe do calor e da umidade. As condições ideais de armazenamento são a 27°C e 63% de umidade.
Fazendo isso, você evita a ocorrência de hidrólise, processo em que o calor e a umidade formam moléculas de água que reagem com os produtos químicos do solado de poliuretano, causando sua decomposição.
Fonte: http://fujiwara.com.br/uso-e-conservacao-seu-calcado-de-seguranca/