O QUE É A ERGONOMIA E A SUA IMPORTÂNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

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O QUE É A ERGONOMIA E A SUA IMPORTÂNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Existe uma falsa premissa que acidentes de trabalho somente envolvem quedas de grandes alturas e outros acidentes químicos ou físicos. Mas se te informamos que a empresa também deve prezar pela ergonomia?

Talvez essa seja uma informação nova para você, mas sim, existem diversas doenças ocupacionais que podem surgir de fatores como esse. O trabalhador pode experienciar dores, fadiga muscular, doenças cardiovasculares, dentre outras.

Quer saber mais sobre esse assunto? Continue lendo esse texto e descubra que a segurança do trabalho vai muito além do clichê que vemos ser relatado todos os dias!

O QUE É ERGONOMIA

Ergonomia, como corriqueiramente utilizado, nada mais é que o perfeito encaixe. Pense na utilização daquelas facas totalmente de metal… Não é algo agradável ou seguro de se utilizar por longos períodos de tempo, contudo, caso a faca tenha um perfeito encaixe em sua mão, a experiência de utilizá-la será muito mais agradável e segura, pois causa menos cansaço.

Apesar dessa simples descrição, esse ponto do estudo da segurança do trabalho está intimamente ligado a saúde dos funcionários, sejam aqueles que trabalham pendurados em grandes alturas ou mesmo para pessoas que trabalham horas sentados em escritórios.

Sempre enfatizamos em nossos textos que acidentes de trabalho não estão somente caracterizados pelos riscos físicos e químicos óbvios. Riscos ergonômicos existem e devem ser levados em consideração quando o assunto é o bem-estar do trabalhador.

Para finalizar esse tópico, vamos deixar a definição dessa terminologia como a qualidade da adaptação do instrumento de trabalho ao próprio colaborador, evitando assim esforços extremos para a execução das atividades diárias.

ERGONOMIA E O AMBIENTE DE TRABALHO

A palavra ergonomia está intrinsecamente ligada ao trabalho, derivando do grego Ergon (trabalho) e nomos (normas) ou “princípios de trabalho”. Sendo assim, seria uma forma de analisar a interação humana com o trabalho, estabelecemos regras para que tudo esteja adequadamente preparado para uma interação saudável.

Para uma pessoa que trabalha longos períodos sentado, é importante utilizar uma cadeira confortável, na altura certa, assim como a mesa, evitando problemas de postura que, facilmente, podem se desenvolver até situações de saúde mais sérias.

Outro cenário interessante para avaliar a ergonomia é o de indivíduos que repetem o mesmo movimento diversas vezes, executando suas tarefas diárias, seja ela digitar ou apertar um parafuso (vide Charlie Chaplin). Esses profissionais podem facilmente desenvolver uma condição chamada Lesão por Esforço Repetitivo, a famosa L.E.R.

Mas ergonomia não está unicamente ligada a fatores físicos, mas também a fatores cognitivos e organizacionais:

  • Ergonomia Física

Como a própria categoria deixa transparecer, está diretamente ligado às características anatômicas do homem, sendo eles postura, manuseio de materiais, estações de trabalho adequadas, movimentos repetitivos.

É importante ter equipamentos, máquinas, estações de tamanhos adequados para que o trabalhador não esteja em posições erradas ou estranhas, tudo respeitando a anatomia humana, suas limitações e necessidades.

  • Ergonomia Operacional

Esse tipo de ergonomia engloba os sistemas sociotécnicos, processos e políticas da empresa. Difícil de imaginar? Seguem alguns exemplos: políticas de comunicação interna, cultura organizacional, atividades de grupo, qualidade da gestão, dentre outras.

Sim, tudo isso também está contido dentro do conceito de ergonomia para empresas.

  • Ergonomia Cognitiva

Talvez seja o tipo de ergonomia mais subjetivo e complexo de dessa lista, pois trata de como cada indivíduo pensa sobre o mundo a sua volta, levando em consideração, percepção, raciocínio, carga mental que o trabalho exige, estresse que a rotina propicia, tomada de decisão, dentre outros aspectos da psique.

Para a avaliação de tudo isso, realmente é necessária uma equipe especializada a fim de diagnosticar todos os pontos que devem ser melhorados a fim de ter o melhor e mais seguro ambiente empresarial.

OS RISCOS ERGONÔMICOS

Quando falamos riscos ergonômicos, podemos estar nos referindo a algumas dessas situações:

  • Controle rígido;
  • Esforço físico;
  • Imposição rotina;
  • Jornada de trabalho exaustiva;
  • Levantamento de peso;
  • Monotonia e esforço repetitividade;
  • Postura inadequada;
  • Situação de estresse;
  • Trabalhos em período noturno.

Os riscos mais frequentes no ambiente de trabalho são justamente a postura inadequada, repetição de movimentos, iluminação deficiente, ritmo frenético de trabalho, monotonia, levantamento de cargas e grandes jornadas. Todos esses podem resultar sérias consequência como:

  • Cansaço;
  • Dores no corpo;
  • Asma;
  • Doenças nervosas;
  • Fobias diversas;
  • Ansiedade;
  • Hipertensão;
  • Estresse;
  • Doenças do aparelho digestivo;
  • Problemas de postura.

Por fim, a grande consequência está na qualidade de vida do indivíduo que contrai uma ou várias doenças ocupacionais a fim de manter condições de trabalho abusivas.

OS BENEFÍCIOS DA ERGONOMIA PARA O AMBIENTE EMPRESARIAL

Por outro lado, uma empresa que preza – não só pela produtividade de seus funcionários – mas também pelo seu bem-estar presta bastante atenção na ergonomia do trabalho, trazendo diversos benefícios!

  • Melhora da qualidade de vida dos funcionários

Uma boa ergonomia empresarial tem como propósito evitar a fadiga física e psicológica de seus funcionários, como consequência os mesmos têm mais prazer em produzir para a empresa.

  • Redução do sedentarismo

Muitas ações para diminuir a aparição de doenças ocupacionais como L.E.R. envolvem alguns exercícios de alongamento que podem ser feitos diretamente na empresa.

  • Valorização dos colaboradores

Investir na saúde dos colaboradores traz consigo um sentimento de valorização, resultando em uma melhor relação com os colegas e também com a empresa como um todo.

  • Evita afastamentos

Os afastamentos por lesões diminuem, pois, os colaboradores estão sempre praticando ações para combater os sintomas ou mesmo evitar a condição como um todo. Um exemplo bastante prático é o que relatamos acima, dos exercícios de alongamento.

Depois de todo esse conteúdo, é muito simples notar que a ergonomia não se trata somente de boa postura ou de uma faca que se encaixa perfeitamente na mão. É uma questão de saúde séria que deve ser observada pelas empresas a fim de melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores.