Em uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) demonstrou que de 2012 a agosto de 2018 houveram mais de 4 milhões de acidentes de trabalho. É um número considerável, especialmente se levarmos em conta a parcela empregada da população.
Apesar de ser um número que gera alarde, a quantidade total tem diminuído bastante com o passar dos anos. Muito disso ligado a pressão legislativa e outros avanços referentes aos direitos do trabalhador.
Usando esse cenário relativamente otimista, vamos trazer uma nova questão a respeito da segurança do trabalho: o custo de acidentes do trabalho. Afinal de contas, sempre falamos sobre prevenção, mas quase nunca sobre as consequências de um acidente para a empresa.
Curioso? Continue lendo esse texto e aprenda tudo sobre isso!
Talvez essa seja uma das perguntas mais relativas da segurança do trabalho. Um funcionário pode acidentar-se de formas e gravidades extremamente variantes, não sendo possível prever com exatidão o que é da alçada da empresa arcar.
Essa é a língua favorita dos empresários, ao falar em economia, certamente o mesmo atentar-se a necessidade de investir em prevenção e não em remediação de problemas.
Mas voltando ao foco deste texto, os tipos de custos envolvidos em um acidente de trabalho, levaremos em consideração desde a importância de realizar esse levantamento até como calculá-los.
Todo e qualquer acidente tem o potencial de gerar prejuízos para a empresa, seja pelo afastamento do Recurso Humano (funcionário) ou pelo gasto de Recursos Financeiros (prejuízos).
Em específico, quando falamos em acidentes de trabalho, estamos falando sobre custo segurado, custo não segurado e custo complementar. Claro, essa realidade aplica-se somente pelas empresas que contam com um seguro desenhado para essas especificações.
Custo segurado
Nesse âmbito, estão incluídos todos os gastos que a seguradora irá cobrir quando a apólice for ativada. De forma geral, essas coberturas podem ser resumidas nos seguintes tópicos:
Essas são as coberturas normalmente incluídas nas apólices disponibilizadas às empresas (e funcionários) pelas seguradoras. Válido também ressaltar que é muito interessante que os gestores procurem a contratação de seguros com a finalidade de resguardar-se dos custos desses acidentes.
Custos não segurados
Os custos não segurados são todos aqueles não cobertos pelo seguro – claramente – contudo, não é tão simples assim de definir… ou mesmo de calcular.
Esses envolvem despesas relativas a interrupções por aquele período de tempo, custos com possíveis reformas de danos causados ao ambiente de trabalho, afastamento de um profissional, abalo do clima organizacional, dentre outros gastos que não são tão objetivos quanto uma conta de hospital.
Alguns exemplos são:
Custos complementares
Estes estão incluídos junto aos não segurados, contudo, ainda assim são bastante subjetivos. Esses podem ser:
Um outro ponto de vista
Para falarmos ainda mais sobre os prejuízos que a empresa pode passar após um acidente de trabalho podemos ir ainda mais longe que os prejuízos financeiros diretos.
Existe também efeitos emocionais e psicológicos que afetam a produtividade da empresa. Um outro colaborador que tenha presenciado, ou mesmo o clima organizacional como um todo irá sofrer o impacto. Ao acontecer algo desse gênero, toda a empresa fica comovida e receosa. Danos à Marca quando a imagem da empresa fica afetada pela divulgação dos acidentes, este prejuízo é incalculável.
“Será que alguma providência será tomada para que isso não aconteça de novo?”. Certamente esse é um dos pensamentos que passará pela mente de todos e é importante assegurá-los que todo o possível está sendo desenvolvido.
Em se tratando do levantamento dos custos com acidentes de trabalho, a sua principal função está em informar a empresa os impactos desses prejuízos.
Isso permite que ela possa não só se organizar financeiramente para não negligenciar nenhum dos funcionários afetados – controlando os custos de perto – e também entender os benefícios de se investir em prevenção.
Afinal de contas, uma empresa que não preza pela segurança dos funcionários tende a ter uma alta rotatividade, ser multada e, eventualmente, fechada.
Para esse cálculo é necessário realizar uma ampla investigação, determinando “o registro, comunicação, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborativas”. De acordo com o disposto na Norma Brasileira (NBR) 14280.
Nessa norma também está definido tudo o que deve ser observado na hora de compensá-lo pelo ocorrido. Muito válido familiarizar-se sobre o conceito de lesão e acidente do trabalho.
Ademais, a norma conta com uma tabela anexa que serve de guia para calcular os custos do acidente de trabalho de acordo com o ocorrido e sua gravidade. A NBR é um ótimo local para começar a estudar o assunto!
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