Muitos indivíduos acreditam que a diminuição de custos não é necessariamente uma aliada da segurança do trabalho, contudo, a história não é bem assim. Enquanto algumas medidas podem ser vistas diretamente como um investimento, outras já resguardam a empresa contra ações indevidas.
Uma empresa disposta a investir na segurança de seus colaboradores além de auxiliar na criação de um ambiente em que o trabalhador se sinta valorizado, também constrói uma cultura de segurança enraizada na prestação de serviço.
Investir em segurança do trabalho é algo certo de ter um bom retorno! Contudo, a empresa deve sempre contar com uma assessoria especializada para guiá-la nas ações corretas.
Pronto para descobrir como reduzir custos e também acidentes a partir de alguns investimentos inteligentes? Bem continue lendo esse texto, vamos abordar tudo sobre isso!
Certamente o corte de gastos é algo que deve ser feito de forma cautelosa, afinal, ao suspender a compra de produtos como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou mesmo cortar orçamento para ações como a Semana da Prevenção de Acidentes de Trabalho é como dar “dois passos para trás”.
Primeiro, a Norma Regulamentadora (NR) 06 determina que é de responsabilidade do empregador adquirir e fornecer o EPI adequado para o desenvolvimento das atividades dos funcionários. Contudo, essa é uma situação específica e nosso objetivo nesse texto é apresentar uma visão geral do assunto.
Podemos tomar como economia investimentos imediatos que resultem em economias futuras.
Um exemplo muito interessante de como isso pode acontecer segue:
Segundo uma matéria de 2016 do Fundacentro do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) atingem cerca de 3,5 milhões de trabalhadores.
Caso um colaborador adquira essa doença – pessoas que trabalham muito tempo digitando, por exemplo – apresentará limitações ao desenvolver as suas lesões no começo dos sintomas. Mas em casos mais graves e avançados, o funcionário pode ser afastado por tempo indeterminado.
Certamente o valor de um ou alguns trabalhadores afastados é muito maior que o valor do investimento para a prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos.05
Por isso, uma medida cabível para resolver o problema dado acima, seria abordar na SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) assuntos como LER e a sua prevenção de forma muito simples:
Além disso, pessoas que trabalham sentadas também têm maiores riscos de desenvolver trombose, por exemplo, uma condição que pode ter consequências sérias e, que resultam inclusive em aposentadoria por invalidez. Mais uma vez, um grande prejuízo para empresa e danos indescritíveis ao trabalhador.
Tudo isso poderia ser evitado por uma simples rotina de ginástica laboral.
Bem, nossos exemplos acima já deixaram claro a importância de um pensamento voltado a segurança ocupacional não importando a área de atuação da empresa ou do colaborador. Agora, vamos falar sobre o que é preciso para economizar em um médio e/ou longo prazo.
A resposta chave para isso é a informação. Esta pode tomar inúmeras formas, desde um mapa de risco onde é possível identificar onde ações corretivas/preventivas podem ser aplicadas ou mesmo por um relatório detalhado feito por um profissional de segurança do trabalho.
Vale lembrar aqui que para ter dados confiáveis é necessário ter o profissional certo e com a especialidade certa fazendo o levantamento. Afinal de contas, essas informações devem ser fidedignas e também relacionadas com a legislação vigente, uma vez que a empresa pode estar em falha com essa.
Algumas ações que podem ser realizadas são:
Para deixar ainda mais palpável o último tópico, daremos outro exemplo: o uso de sistemas biométricos para registrar a entrega de EPIs.
A NR 06 determina que é função do empregador “registrar o seu fornecimento [de EPI] ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistemas eletrônicos.”
Caso a empresa não faça o registro da entrega dos EPIs aos seus funcionários e aconteça um acidente de trabalho a mesma está sujeita a um processo trabalhista por irresponsabilidade.
Sendo assim o investimento em um identificador de digitais junto ao software que gerenciará os dados ou mesmo um sistema de fichas de EPIs é o suficiente para evitar processos indevidos e, por diante, grandes prejuízos.22
Depois de todos esses dados e dos argumentos utilizados você ainda acha que investir em segurança do trabalho é perda de dinheiro? Muito pelo contrário, com uma perspectiva um pouco além do agora, em um médio ou mesmo longo prazo, isso fará com que a empresa reduza os custos e também os acidentes de trabalho.
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Lembre-se: sempre verifique o CA antes de usar o EPI.